Pedro Tegon Moro deixa a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Pedro Moro ocupava o cargo de diretor-presidente desde setembro de 2019. Moro, que assumiu a gestão durante o governo de João Doria, permaneceu na liderança mesmo após a chegada de Tarcísio de Freitas em 2023, deixará a CPTM na próxima quinta-feira (25).
Os motivos oficiais para a saída de Moro inicialmente não foram divulgados, mas nos bastidores já se especulava que a decisão estivesse ligada à TIC Trens. Informação que foi posteriormente confirmada. A empresa, que assinou contrato em maio com o governo de São Paulo para operar o Trem Intercidades, está em processo de formação de sua nova equipe, recrutando funcionários que estão disponíveis no mercado.
O projeto do Trem Intercidades, que ligará a capital paulista a Campinas, está orçado em R$ 14,2 bilhões. As obras têm início previsto para 2026, com fase de testes agendada para o final de 2031 e operação comercial a partir de 2032. A TIC Trens é formada pela Comporte, holding brasileira ligada à família Constantino, fundadora da Gol, em parceria com a CRRC, estatal chinesa e maior fabricante de suprimentos ferroviários do mundo.
Pedro Moro, formado em Gestão Financeira pela Fundação Getúlio Vargas, trabalhou na CPTM por quase duas décadas, atuando nas áreas financeira e de planejamento, além de ter sido assessor da SPTrans e da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
Em nota, a CPTM afirmou que Ana Caroline Borges, atual Diretora Administrativa e Financeira, assumirá o posto de Moro interinamente, tornando-se a primeira mulher a ocupar essa função na estatal. Segundo a CPTM, não há necessidade de que um executivo passe por quarentena antes de trabalhar em uma empresa do setor privado.
A contratação de Moro pela TIC Trens é vista como parte de uma estratégia da concessionária para reforçar sua equipe com profissionais experientes do setor.
Fotografia de Capa: Reprodução/TV Globo