Na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, uma série de incêndios criminosos atingiu a rede ferroviária da França. Descritos pelo primeiro-ministro Gabriel Attal como “atos de sabotagem” realizados de maneira “preparada e coordenada”, esses atos afetaram as linhas de alta velocidade Atlântica, Norte e Leste, causando grandes transtornos.

A operadora ferroviária estatal, SNCF, afirmou que se trata de um “ataque maciço” com a intenção de paralisar a rede. Estima-se que até 800 mil passageiros possam ser impactados ao longo de um único fim de semana, com muitas rotas suspensas e a necessidade de reparos urgentes nos cabos de fibra ótica que transmitem informações de segurança para os maquinistas.

O CEO da SNCF, Jean-Pierre Farandou, expressou preocupação com os franceses que não poderão viajar como planejado e lamentou a situação. Ele garantiu que milhares de trabalhadores estão mobilizados para consertar os danos, ajudar os passageiros nas estações e impedir novos ataques.

A ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castéra, condenou os ataques, descrevendo-os como uma “notícia muito ruim” que gerou “raiva e frustração”. Ela destacou que atos como esses são um ataque contra a França e o espírito olímpico.

A segurança foi reforçada em Paris e em toda a rede ferroviária, com a presença de militares e policiais nas principais estações. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, expressou “total confiança” nas autoridades francesas para garantir a segurança durante os Jogos.

O ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, também condenou os atos criminosos e agradeceu aos funcionários da SNCF pelos esforços para restaurar os serviços o mais rápido possível. Ele confirmou que vários dispositivos incendiários foram descobertos, mas não revelou quem poderia estar por trás dos ataques.

A situação é especialmente preocupante devido ao contexto de agitação interna na França, alimentada por questões políticas e sociais. As autoridades francesas estão em alerta máximo, e as investigações sobre os responsáveis pelos ataques continuam.

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