Presidente afirmou que o BNDES já trabalha na estruturação do projeto da linha que vai ligar Calafate ao Barreiro; recursos virão da multa da Ferrovia Centro-Atlântica
O presidente Jair Bolsonaro confirmou, na manhã desta quarta-feira (2), em suas redes sociais, que os recursos da multa relativa à devolução de trechos pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) serão utilizados para a expansão do metrô de Belo Horizonte. O senador Carlos Viana (PSD), um dos que estavam à frente das mobilizações em prol do envio do recurso, já havia confirmado no sábado que isso se daria nesta semana.
“A criatividade e a determinação do Ministério da Infraestrutura e do ministro Tarcísio Gomes de Freitas viabilizará a linha 2 do metrô de BH. A indenização relativa à devolução de trechos antieconômicos da Ferrovia Centro Atlântica será empregada no segmento Calafate/Barreiro, antigo sonho dos mineiros”, disse o presidente.
“O BNDES já trabalha na estruturação do projeto do metrô, que se tornou prioridade nacional em reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos”, disse Bolsonaro ao publicar uma foto ao lado do ministro da Infraestrutura e do secretário executivo do ministério, Marcelo Sampaio.
O governador Romeu Zema (Novo) comemorou o anúncio, comentando na própria postagem do presidente.
“Uma obra e parceria muito importante para o Estado. Obrigado pela atenção com os mineiros, presidente”, afirmou o chefe do Executivo estadual.
“Mais um avanço e a conquista de um sonho antigo dos mineiros. Vamos viabilizar a linha 2 do metrô (Calafate-Barreiro) em BH. Agradeço ao Governo Federal por ter priorizado essa obra. Agradeço pela atenção com a nossa população, presidente Jair Bolsonaro e ministro Tarcísio”, completou, agredecendo também à bancada mineira.
“Tivemos rodadas importantes de negociações com o Governo Federal. Agradeço também à bancada mineira que nos auxiliou nesse processo. Parceria que tem dado certo!”, disse.
O novo repasse prometido para a expansão do metrô até o Barreiro é fruto de um acordo com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que foi multada por não ter cumprido um contrato de prestação de serviço referente a uma linha férrea que passa pelos Estados da Bahia, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A empresa está pagando R$ 1,2 bilhão em 60 parcelas. A primeira foi quitada no fim de janeiro, e os pagamentos são depositados na conta única do Tesouro Nacional.
No sábado, o senador Carlos Viana (PSD) destacou que nesta semana haveria a confirmação de que esses recursos seriam utilizados no metrô da capital.
O valor de aproximadamente R$ 186 milhões, que foi pago em sete parcelas de R$ 26,7 milhões até agora, porém, não volta ao Estado, mas as próximas parcelas já serão depositadas em uma conta de Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) gerenciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ao todo, são 60 parcelas, sendo que os três primeiros anos serão de R$ 26,7 milhões mensais e, nos 24 meses finais, cerca de R$ 10 milhões mensais.
Após o senador Carlos Viana antecipar o provável uso da verba no metrô de BH, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) comemorou, mas afirmou que ainda era preciso esperar a efetiva liberação do recurso. “Boa, senador. Vamos aguardar”.