Uma das ideias de Elon Musk foi a criação de uma cápsula com levitação magnética, que seria lançada num tubo de vácuo, em velocidade próxima do som. Por mais absurda que pudesse parecer, a sugestão do chefe da Tesla foi abraçada e gerou a empresa HyperloopTT.
A Virgin Hyperloop, por exemplo, constrói um tubo para os pods do sistema na Califórnia. Aqui, novamente se torna notícia. Desta vez, o projeto está no Rio Grande do Sul.
Um acordo entre o governo do estado e a empresa americana, visa estudar a implantação do sistema na região, ligando Porto Alegre à Serra Gaúcha em apenas 12 minutos! Mesmo se fosse de avião comercial, o jato não chegaria primeiro.
Com velocidade de 1.200 km/h, o pod do Hyperloop seria mais rápido. Numa comparação com um automóvel, o ganho seria ainda maior, visto que a viagem de carro dura em média 1h40m. De ônibus, o percurso é feito em 3h.
Dirk Alhborn, presidente da Hyperloop disse em videoconferência: “Há já um estudo, com a rota Chicago-Cleveland-Pittburgh, nos EUA, e um sistema em implantação em Toulouse, na França. O Brasil tem muito potencial e o RS poderá estar numa segunda onda com outros locais do mundo”.
Emirados Árabes Unidos e Alemanha (cargas em Hamburgo) também estudam a tecnologia. Para o RS, o ganho científico-tecnológico seria enorme com o Hyperloop fazendo essa rota de importância turística nacional. Essa, contudo, não é a primeira vez que a tecnologia de deslocamento por tubo é cogitada para o Brasil.
Há alguns anos, a HyperloopTT fez uma parceria com o governo de Minas Gerais e chegou a usar uma usina para formar um centro de pesquisa e desenvolvimento. O pod será feito pela japonesa Hitachi, que assinou com a companhia em dezembro. Cada cápsula leva de 28 a 50 pessoas.
No estado, o objetivo seria o transporte de cargas ultrarrápido, levando contêineres de 20 ou 40 pés. O projeto, no entanto, não foi para frente. O impacto no setor de cargas pode ter sido um dos motivos para o fracasso da ideia. Agora, vamos ver como acontece no sul do país.