Lançado concurso público internacional para criação de nova ponte no Rio Douro:
Em 16 de março de 2021, foi lançado o concurso público internacional de projeção de uma nova ponte sobre o rio Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, para circulação do Metrô do Porto em Portugal.
No evento, nos Jardins do Palácio de Cristal, presidido pelo Primeiro-Ministro, António Costa, com a presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, foram também consignadas as empreitadas das linhas Rosa e Amarela do Metro do Porto.
Os projetos que forem submetidos até 19 de julho de 2021, cujos estudos prévios fiquem classificados nos três primeiros lugares, receberão prêmios entre os 50 e 150 mil euros. O júri do concurso, composto por 11 elementos, inclui, entre outros, os arquitetos Eduardo Souto de Moura, Alexandre Alves Costa, Inês Lobo e os engenheiros Júlio Appleton e Rui Calçada.
O projeto vencedor, a quem será adjudicada a execução do projeto da nova ponte, será conhecido no segundo semestre deste ano e o início das obras, depois de realizado concurso para a construção, deverá suceder-se nos primeiros meses de 2023.
A nova ponte, com uma estimativa de custo de empreitada de 50 milhões de euros, será de uso exclusivo do metrô, com vias para pessoas e bicicletas, ligando o Campo Alegre (entre a Faculdade de Letras e a Faculdade de Arquitetura), no Porto, à VL8 (junto ao Arrábida Shopping), em Vila Nova de Gaia.
Nova Linha Rosa e extensão da Linha Amarela:
A nova Linha Rosa do Metro do Porto será composta por quatro estações e cerca de três quilômetros de via, ligando S. Bento/Praça da Liberdade à Casa da Música, servindo o Hospital de Santo Antônio, o Pavilhão Rosa Mota, o Centro Materno-Infantil e a Praça de Galiza. Esta linha é início de uma circular interna que fará a ligação com os restantes eixos da rede do Metrô.
A extensão em três quilômetros da Linha Amarela permitirá a ligação de Santo Ovídio a Vila d’Este, aumentando a cobertura do Metro em Vila Nova de Gaia. O projeto considera três novas estações: Manuel Leão (junto à Escola Soares dos Reis e ao Centro de Produção da RTP), Hospital Santos Silva (o terceiro maior hospital da zona Norte) e Vila d’Este (zona residencial com cerca de 17 mil habitantes).
As obras das linhas Rosa e Amarela iniciam-se desde já, prolongando-se até 2023. O investimento geral nos projetos destas duas linhas gira por volta de 407 milhões de euros, incluindo expropriações, projetos, fiscalização, equipamento e sistemas de apoio à exploração, sendo o financiamento assegurado pelo Fundo Ambiental e por fundos Europeus no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), geridos pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
As intervenções nas duas linhas darão origem, de acordo com os estudos de preliminares, à conquista de 10 milhões de clientes anuais, ficando todos os centros hospitalares da Área Metropolitana do Porto com oferta de transporte público por metrô.
Estas obras representarão menos dezessete mil carros nas ruas da Área Metropolitana do Porto e menos quatro mil toneladas de emissões poluentes por ano.
Atualmente, a rede do Metrô do Porto tem 67 quilômetros, com seis linhas que servem a 82 estações, movimentando anualmente mais de 71 milhões de clientes (valor de 2019, o último exercício antes da pandemia).