Uma nova operação de linha férrea no trecho entre as cidades de Americana e Nova Odessa, em São Paulo, permitirá a passagem de trem com até 120 vagões. As adequações fazem parte do novo modelo de operação para o principal corredor ferroviário do agronegócio brasileiro, entre Rondonópolis (MT) e o porto de Santos (SP) pela RUMO Logística.

As composições têm capacidade para transportar cerca de 11.500 toneladas úteis de grãos e trazem um ganho de aproximadamente 50% na capacidade em relação às composições usadas antes, com no máximo 80 vagões (7,6 mil toneladas).

As alterações são planejadas desde 2018 com um investimento de mais de R$ 700 milhões. As obras envolvem adequações em pátios – caso de Americana e Nova Odessa -, postos de abastecimento e sinalizações. Os testes começaram no ano passado quando o Grupo Rumo Logística assumiu o compromisso com a renovação antecipada do contrato de concessão da malha paulista até 2058.

O trecho que passa por Americana abrange a rota Rondonópolis-Porto de Santos. “Entre Rondonópolis até Santa Fé do Sul (malha norte). A partir de Santa Fé do Sul até Porto de Santos (malha paulista). Mas elas são contínuas. Chamamos de Operação Norte da Rumo e é o principal corredor ferroviário do agronegócio brasileiro”, explicou a assessoria da Rumo Logística.

Todas as adequações para a circulação de 100% dos trens de 120 vagões no fluxo de exportação (Rondonópolis-Porto de Santos) foram concluídas no início deste ano. Já no fluxo de importação, a previsão é que as obras sejam concluídas até 2022.

Os trens que passam pela região de Americana transportam grãos no sentido do Porto de Santos, vindos de Rondonópolis. Na volta, os vagões são carregados com fertilizantes e seguem para o terminal da Rumo no Mato Grosso.

Por dia, devem sair em média sete trens de 120 vagões em direção a Santos. Conforme o último levantamento de grãos da Safra 2020/21 divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra brasileira foi estimada em 133,70 milhões de toneladas, do lado do consumo, espera-se que as exportações atinjam um número acima de 85,7 milhões de toneladas, motivadas pela forte demanda chinesa e pelo forte percentual comercializado, até o momento, que já alcança mais de 60% da safra.

“O aumento de capacidade dos trens irá proporcionar uma redução de 30% no fluxo quando toda frota for composta por esse novo modelo operacional”, projeta Darlan Fábio de David, vice-presidente da Operação Norte da Rumo.

Duplicação:

Sobre as obras de duplicação da linha férrea, o Grupo Rumo informou que, na região de Americana, a previsão inicial é que a duplicação ocorra em 2023. A obra faz parte das contrapartidas previstas na renovação antecipada do contrato de concessão da malha paulista, assinado entre a Rumo e a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) em maio de 2020.

***Alguns dados foram ofertados pelo jornal “O Liberal” somado a dados extraídos de relatórios da ANTF.

Categories:

Tags:

Chat Revista Ferrovia Em Foco
Envie via WhatsApp