Montante representa um crescimento de 4,8% em relação a 2020, com destaque para granéis, carga geral e, principalmente, contêineres. Boa parte dessa entrega foi realizada via ferrovia.

setor portuário brasileiro bateu um novo recorde de movimentação de carga em 2021: 1,21 bilhão de toneladas transportadas. O total representa um crescimento de 4,8% em relação a 2020, de acordo com o Anuário Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), divulgado nesta quarta-feira (2) com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

“O setor portuário deixou de ser um gargalo, vem respondendo às demandas do setor produtivo brasileiro e alcançando resultados cada vez mais expressivos. Além do mercado, essa resposta vem por meio dos investimentos que fazemos e da iniciativa privada”, comentou Freitas. Os dados reunidos envolvem quase todos os portos organizados e terminais de uso privado, os TUPs.

O ministro falou ainda sobre a atração do capital estrangeiro para o setor com as concessões de terminais portuários, que também registraram recorde em 2021, com 52 contratos firmados. “Os investimentos estão gerando emprego e aquecendo a economia. Os portos têm operado com mais eficiência, atendendo bem às demandas do setor produtivo “, completou.

Movimentação

Segundo o anuário da Antaq, em 2021 houve crescimento na movimentação de cargas de granéis sólido e líquido e também de carga geral. Mas o destaque ficou com a transferência de contêineres, com um incremento de 11% em relação ao ano anterior.

A Antaq ainda divulgou a expectativa de movimentação portuária para os próximos anos. O crescimento para 2022, por exemplo, deve ser de 2,4%, alcançando a marca de 1,239 bilhão de toneladas, podendo superar 1,4 bilhão de toneladas em 2026.

Crescimento

Outro destaque foi o crescimento da navegação por cabotagem, com 5,6%, em comparação a 2020, tendo como principais cargas transportadas: petróleo, derivados de petróleo e contêineres. “Esse crescimento da cabotagem de contêineres é muito expressivo. O potencial de redução no custo logístico que essa alternativa traz é notável e conversa com os números positivos que o setor tem apresentado”, avaliou o secretário nacional de portos e transportes aquaviários, Diogo Piloni.

Também houve incremento na navegação de longo curso, com 5,4%, enquanto a navegação interior registrou redução de 6,1%, motivada por questões climáticas que prejudicaram safras de alguns grãos, como o milho.

Os estudos da Antaq mostram ainda que a China continua sendo o principal destino da exportação brasileira, com 51% das cargas. Nas importações, os principais parceiros comerciais são os Estados Unidos (24%), China (11%), Rússia (7%) e Argentina (6%). No que diz respeito a produtos transportados, petróleo e seus derivados somam 65% do volume, seguidos de contêineres (13%). Ambos registraram alta de mais de 15% no período.

Já na navegação interior, os principais produtos movimentados pelos rios brasileiros foram soja e milho. Em se tratando de regiões, o Norte foi responsável por 74% da movimentação de cargas, seguido pelo Sul com 19%, o Centro-Oeste com 6% e o Sudeste com 1%.

Os dados estatísticos e parte de informações são advindas do Ministério da Infraesturura.

Imagem de Capa de Ricardo Botelho/MInfra.

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