A SPA assinará um novo contrato em 2022, o empreendimento demandará R$ 890 milhões e tem como meta dobrar capacidade ferroviária do porto de Santos – SP:

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou na semana passada, dia 06/07/2022, o modelo de desestatização da Ferrovia Interna do Porto de Santos, a FIPS, encaminhado no início do ano pela Santos Port Authority (SPA), estatal que administra atualmente o Porto de Santos em São Paulo. Com o aval TCU, a SPA deverá lançar no terceiro trimestre o chamamento público para que interessados se habilitem em constituir a FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos).

A cia. trabalha para assinar o contrato ainda neste ano, de forma que as obras comecem em 2023. A FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos) é fundamental para expandir a capacidade da ferrovia dentro do Porto, já próxima do ponto de saturação.

Será um contrato associativo inédito, em que os habilitados compartilharão custos e operações. Trata-se de um modelo inovador de oportunidade de negócios, descrito na Lei das Estatais (número 13.303, de 2016). O plenário do TCU acompanhou a área técnica, destacando que o projeto elimina um gargalo no Porto de Santos.

A FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos) demandará investimentos estimados em R$ 891 milhões a serem feitos nos 5 anos iniciais. Atualmente, a capacidade ferroviária por ano no complexo portuário está limitada a 50 milhões de toneladas frente a uma projeção de capacidade de 115 milhões de ton. para os próximos 5 a 10 anos das ferrovias que deságuam no complexo, a saber MRS, Rumo e VLI.

Os investimentos previstos separarão os cruzamentos rodoferroviários e garantirão fluidez ao escoamento por trens, ampliando a eficiência da operação. Um dos principais é a construção da “pera” ferroviária na região de Outeirinhos. O chamado “carrossel” de trilhos será o primeiro da margem direita do Porto de Santos e permitirá que os trens que transportam os grãos para os terminais de exportação retornem para capturar granéis sólidos de descarga no cluster de fertilizantes. Atualmente a operação de frete de retorno é ineficiente porque, sem a pera, os trens têm que fazer manobras que demoram horas e reduzem eficiência do sistema, tornando-o pouco competitivo.

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