Ao contrário do que pensam alguns defensores e envolvidos no projeto da EF-170, a Ferrogrão, o governador Mauro Mendes, do partido União Brasil, acredita que, neste momento, não é essencial pensar no aumento dos volumes de insumos para as obras, mas sim empenhar esforços na liberação do licenciamento ambiental. Isso ocorre apesar da possível desaprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em relação aos estudos de viabilidade.
Na terça-feira, 11 de julho de 2023, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, relatou sobre um relatório da ANTT que apontava “alto risco em relação à viabilidade econômica desse projeto diante do cenário atual”. Entre os motivos citados pelo superintendente de Concessão de Infraestrutura, Marcelo Fonseca, estava o aumento dos insumos para a construção dos trilhos.
No entanto, na visão do governador de Mato Grosso, a principal preocupação atual são as licenças ambientais. “Não há razão para discutir o preço do minério de ferro ou de outros insumos, uma vez que as obras nem sequer começaram. O aumento de preço deve ser tratado com a iniciativa privada. O governo precisa liberar as licenças ambientais para dar início às obras. Por enquanto, é necessário pensar nas licenças”, declara o governador.
A Ferrogrão é um antigo desejo do agronegócio mato-grossense e, ao mesmo tempo, uma necessidade ecológica para a região, considerando a sobrecarga das rodovias locais. O projeto consiste na construção de 933 quilômetros de trilhos para conectar Sinop, no Mato Grosso, a Miritituba, no Pará, facilitando a exportação de grãos pelos portos do Arco Norte e proporcionando uma grande vantagem competitiva aos produtores de Mato Grosso.