O deputado federal Neri Geller, coordenador da bancada federal de Mato Grosso se reuniu, há poucos dias, com o ministro de Infraestrutura, Tarcisio Freitas, e disse que com a liberação para as obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), entre Mara Rosa (GO) e Água Boa concedida à Valec, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o edital para levar a ferrovia até Lucas do Rio Verde já está sendo preparado. De Goiás até Mato Grosso serão investidos mais de R$ 1 bilhão, nesta primeira etapa, e Água Boa até Lucas será construída pela iniciativa privada. A obra é prioritária no governo Jair Bolsonaro e Tarcisio tem buscado agilizar os procedimentos para ser feita.

“Anunciamos a liberação por parte dos órgãos de controle para que os investimentos da ferrovia FICO, de Mara Rosa no Goiás até Água Boa, já preparando o edital de licitação para ser privatizado e sair a construção até Lucas do Rio Verde. A Ferrogrão está encaminhando forte para sair de Miritituba e vir até Sinop, depois indo até Sorriso, formando um grande entroncamento com Lucas. Também a Ferronorte saindo de Rondonópolis e indo até Cuiabá, na sequência migrando para o Norte. As obras devem acontecer já”, previu o deputado e ex-ministro da Agricultura

O trecho de 383 km vai interligar o Vale do Araguaia, região produtiva e em desenvolvimento do Mato Grosso, com a Ferrovia Norte-Sul, favorecendo o escoamento da safra aos portos de Santos (SP), de Itaqui (MA) e, no futuro, de Ilhéus. No total, o empreendimento conta com obras em 12 municípios, que serão realizadas pela Vale, por meio de investimentos cruzados, a partir da outorga da prorrogação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). A estimativa é que sejam investidos R$ 2,73 bilhões nas obras.

O Ibama estabeleceu uma série de demandas, contidas no Plano Básico Ambiental, o que inclui programas voltados para flora, fauna, gerenciamento de resíduos sólidos, monitoramento da qualidade da água, plantio compensatório e prevenção a queimadas, por exemplo.

O projeto da FICO é tido como um dos mais sustentáveis do programa de concessões do Governo Federal. Nenhuma unidade de conservação é interceptada e o traçado licenciado é 1,4 km distante das unidades de conservação mais próximas à ferrovia. Além disso, o traçado licenciado não intercepta nenhum assentamento. Também não abarca nenhuma terra indígena ou comunidade remanescente quilombola dentro ou fora da Amazônia legal.

Imagem: David Murba (foto: arquivo/assessoria)

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