O grupo industrial PetroCity Portos SA tem planos de desenvolver uma nova ferrovia para atender os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, operando no interior a partir de um complexo portuário, logístico e comercial em Urussuquara, ao sul de São Mateus, na costa atlântica.

Estimada em R$ 9 bilhões, a Estrada de Ferro Minas-Espírito Santo, de 566 km, é uma das várias obras que aguardam a aprovação de uma legislação que permita à iniciativa privada assumir o risco comercial em novos projetos ferroviários (Marco Legal da Ferrovia).

O CEO da PetroCity, José Roberto Barbosa da Silva, antecipa que a linha transportará carga geral, incluindo petróleo, grãos, gado, aço e minerais em geral, muitos dos quais originados de depósitos de granito próximos à Barra de São Francisco.

Imagem: Divulgação

A EFMES seria construída em várias etapas, com grande parte do trajeto em paralelo à rodovia BR381. A primeira fase iria do porto até Governador Valadares (MG), com os trechos subsequentes estendendo a linha até Ipatinga (MG) e, por fim, até Sete Lagoas, em Minas Gerais.

A linha destina-se a atender quatro terminais de carga e transbordo de 200 mil m2 em Minas Gerais, sendo em Sete Lagoas, Confins, Itabira e Governador Valadares, e um na Barra de São Francisco, no Espírito Santo, onde também fica um porto.

A PetroCity conta com o apoio dos grupos de engenharia e logística BTO, Enseada e Odebrecht, juntamente com a Cisco. As suas propostas foram inicialmente submetidas à Agência Nacional de Planeamento Logístico em 2019, altura em que se previa a conclusão dos estudos técnicos do traçado da nova via férrea em 2022, seguindo-se o início da construção e o início das operações em 2025.

O andamento dependerá da obtenção da licença ambiental a partir da apresentação ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais em 26 de fevereiro deste ano.

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