Uma investigação revelou que a droga seria levada ao Porto de Santos, com grande parte destinada à Europa.

A Polícia apreendeu 216 kg de cocaína escondida em um fundo falso de caminhão em Jundiaí, no interior de São Paulo. De acordo com os investigadores, a carga seria transportada misturada com celulose, em um trem, até o Porto de Santos, no litoral paulista.

O destino final da droga seria, provavelmente, a Europa. O motorista do caminhão foi preso, e a polícia agora busca identificar os responsáveis pela droga. As autoridades reconhecem que o uso de ferrovias para o tráfico de drogas tem sido cada vez mais comum, já que os trens percorrem longas distâncias com poucas interrupções e fiscalização limitada.

Esse método já foi adotado pelo cartel de Sinaloa, que, sob as ordens de Joaquim ‘El Chapo’ Guzmán, escondeu cocaína em vagões de transporte de óleo para enviar a droga do México aos Estados Unidos. As autoridades estimam que o cartel transportou entre 30 e 50 toneladas de cocaína por trens.

Comentário de Lucas Evaristo:

A criação de uma Polícia Ferroviária Federal, como previsto no artigo 144 da Constituição Federal, seria uma medida altamente eficiente para o combate a crimes como o tráfico de drogas, que tem utilizado cada vez mais as ferrovias como rota. A fiscalização limitada nas linhas férreas, combinada com a capacidade dos trens de percorrer longas distâncias sem interrupções, torna as ferrovias um alvo atrativo para atividades ilícitas, como demonstrado pelo uso de vagões para transportar grandes quantidades de drogas.

Atualmente, nenhum outro órgão possui a atribuição específica de fiscalizar e garantir a segurança nas ferrovias federais. Isso deixa um vácuo na fiscalização desse setor estratégico. A Polícia Ferroviária Federal, se devidamente estruturada, poderia atuar de forma especializada, garantindo a segurança das rotas ferroviárias e combatendo crimes de forma mais eficaz, preenchendo essa lacuna que atualmente facilita atividades criminosas nas linhas férreas.

E o contingente já existe! Grande parte está inutilizada desde a privatização da Rede Ferroviária.

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