A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE) designaram Vicente Abate, presidente da ABIFER, como secretário executivo da Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira, com o consentimento do presidente da Frente, deputado Pedro Uczai.
A criação da Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira, considerada um marco para a história da indústria ferroviária nacional, ocorreu em 19 de junho deste ano, durante um evento no Plenário 10 da Câmara dos Deputados, contando com o apoio e adesão de 209 deputados.
Esta Frente é um movimento parlamentar democrático e plural, que se une pelo objetivo de valorizar a indústria ferroviária do país. O deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) é o presidente da Frente, tendo como vice-presidentes os deputados federais Baleia Rossi (MDB-SP), Denise Pessôa (PT-RS) e Padovani (União-PR).
Durante o lançamento, foram enfatizados os pilares que orientam a iniciativa, bem como a importância da Frente para o crescimento do país, destacando-se a redução de custos no transporte por meio da integração entre os diversos modos de transporte.
Segundo Vicente Abate “é um marco para a indústria ferroviária brasileira vivenciar a criação desta Frente, com a adesão e apoio de 209 deputados até o momento”.
“O setor ferroviário brasileiro, representado pelas concessionárias e por nossa indústria, é estratégico para o país”, finalizou Abate.
Temas prioritários na gestão da Frente:
1 – Substituir a frota de vagões e locomotivas com mais de 50 anos de vida útil por vagões e locomotivas com inovações tecnológicas sustentáveis, que proporcionarão economia de 58 milhões de toneladas de combustível/ano e redução da emissão de 150 mil toneladas de CO2/ano, aumentando a produtividade das concessionárias em pelo menos 30%, com maior segurança operacional;
2 – Gerar emprego e renda para brasileiras e brasileiros;
3 – Inserir a indústria ferroviária no projeto “MOVER”, do MDIC, e obter financiamento e incentivos do BNDES e do Fundo Clima;
4 – Gerar mais divisas para o país, através de vagões que transportam maiores volumes de minérios, grãos, fertilizantes, celulose e carga conteinerizada;
5 – Alcançar maior sustentabilidade ambiental, com menor emissão de GEE – Gases de Efeito Estufa, característica já incorporada nos equipamentos ferroviários, mormente locomotivas digitalizadas e vagões com novos designs;
6 – Reduzir o custo logístico, com maior eficiência energética;
7 – Aplicar as políticas “ESG” na cadeia produtiva da indústria;
8 – Obter isonomia tributária, equiparando o setor ferroviário aos demais modos de transporte;
9 – Apoiar a política de estado do Ministério dos Transportes, que prega o aumento da participação ferroviária na matriz de carga brasileira dos atuais 27% para 40%, até 2035.